quarta-feira, 12 de março de 2014

Santa Catarina

Santa Catarina é um lugar onde tudo acontece e não acontece nada!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

PAUTA ELEITORAL

Vela, com o Dudu, na Lagoa da Conceição
Os JASC - Jogos Abertos de Santa Catarina- expõem as deficiências e a falta de apoio ao esporte em nosso Estado. Sem pistas de atletismo, sem piscinas, sem ginásios, sem centros de formação de atletas, estamos sem nada!
Uma vez por ano algumas dúzias de abnegados se reúnem para disputar o JASC, que hoje já não revela mais atletas competitivos. É só mais uma festa, com ampla cobertura da imprensa, que também não questiona nada, recebe seu quinhão do Estado e cala.
Afinal, onde temos centros de desenvolvimento e treinamentro de atletas em Florianópolis, em Blumenau, em Joinville, em Chapecó, em Criciúma? Não temos. 
A UFSC praticamente fechou. O departamento de Educação Física da universidade abandonou a pista, as quadras, os ginásios, os programas. Abandonou tudo. Mas isto também ninguém mais questiona.
Governo do estado e as prefeituras  apoiam eventos como o  Iron Man, corridas, maratonas e regatas milionárias, mas não investem nada em formação, em atletismo, remo, natação, basquete, volei, futsal, handebol, tiro, esportes olímpicos em geral.
Falta gestão no esporte. Falta planejamento de curto,  médio e longo prazo. Falta investimento focado na geração de atletas. Chega de eventos!
Um governo seja ele estadual ou municipal, que apenas patrocina eventos, sem apoiar crianças e jovens no desenvolvimento do esporte, é um desgoverno, um governo de meleca.
A função do Estado não é patrocinar eventos, sejam eles de esporte ou cultura. Isto tem que mudar.É preciso apoiar formação, o treinamento, a produção e a circulação.
As políticas públicas de esporte e cultura em Santa Catarina trabalham sempre voltadas ao turismo, com uma visão pequena, tupiniquim, com a pressão mercado hoteleiro. Eventos só eventos, cada vez mais eventos!
Em função disto é urgente, muito urgente, a desvinculação do Esporte e da Cultura, da Secretaria que só pensa em Turismo.
Esta deve ser uma bandeira importante na pauta eleitoral de 2014.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

“Psicose Política”

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Só não vê quem não quer ver, mas vivemos num País onde a política está doente. Muito doente.  Se  tomarmos a definição científica do termo, "um estado psiquico no qual se verifica certa perda de contato com a realidade", podemos dizer que a política brasileira está psicótica, bipolar.

Os  representantes políticos não representam mais a vontade dos seus eleitores.   Representam apenas as suas próprias vontades. Vontades de poder. Usam deste poder para obterem vantagens e melhores condições para se perpetuarem neste mesmo poder.   Os partidos políticos perderam a essência das suas existências.  Existem por lei, mas inexistem como agremiações de idéias, ideais, ideologias políticas.

As composições partidárias, em nome da  “necessária  governabilidade”  decretaram o fim das oposições e conseqüentemente o início de um novo sistema político onde todos são poder e todos são oposição ao mesmo tempo.  É lógico que não existe nenhuma lógica nisto, mas é assim que estamos fazendo política no Brasil.

Os partidos que compõem o governo federal, inclusive o PT da Presidente Dilma, organizam  manifestações contra o próprio governo. Estes mesmos partidos usam os seus cargos federais em Ministérios, Secretarias, diretorias, cargos em comissão, para conspirarem contra eles mesmos.  Se isto não é uma doença política, o que é então?    

Os partidos derrotados no último pleito, que deveriam fazer oposição ao governo, se ajeitam no entorno, ocupando ministérios, vendendo votos em troca de emendas, beliscando o que podem quando lhes  é oferecida uma beirada do poder.  Usam do poder buscando a ampliação das estruturas para o próximo embate eleitoral.

Em Santa Catarina as coisas não são muito diferentes. Talvez por contágio, sofremos da mesma doença. Os interesses pessoais estão muito acima dos interesses populares.  Quase todo Secretário  de Estado é candidato a alguma coisa. Todos estruturam suas campanhas em torno das suas secretarias. Tem sido assim nos últimos 20, 30 anos.  Mas agora está muito pior, a doença está em metástase e se alastrou por todas as partes, atingindo até mesmo a oposição.

O PT faz oposição ao governo Colombo, mas quer parceria no apoio à Dilma e por isto estabeleceu uma “oposição light”  assim sendo  foi presenteado com recursos para atendimento às bases dos seus deputados. A velha política de "uma mão lava a outra". 

O PSDB faz parte do governo, usa das estruturas do governo para alavancar as candidaturas de 2014. Mas ontem lançou candidato ao governo do estado, em oposição a Raimundo Colombo. Nem por isto vai sair do governo. Nem por isto o governador vai afastá-lo do governo. 

O PP apóia o governo, mas se prepara para disputá-lo em 2014. O PMDB é governo, mas se sente desprestigiado e também cogita lançar candidato no ano que vem.  Enfim, a doença é a mesma, todos são poder e todos são oposição em SC.  

 Se a política, segundo dizia um antigo senador "é a arte de engolir sapos", a política doente, a política psicótica, a política bipolar,  "é a arte de criar cobras, conviver com elas, alimentá-las com dinheiro público e negociar as composições de cargos e apoios para depois das eleições, seja quem for a nova situação ou a nova oposição".  

 A única coisa que importa  neste processo é que as pessoas sejam as mesmas, sempre as mesmas, como tem sido ao longo dos últimos 30 anos.




segunda-feira, 24 de junho de 2013

Por uma Constituição Popular

Nos últimos 18 anos, os governos (PSDB e PT) tiveram a oportunidade de mudar o Brasil. Não mudaram. Preferiram manter-se às custas do apoio às multinacionais, aos bancos, às privatizações duvidosas, ao assistencialismo barato, compra de votos para reeleições, compra de votos para garantir maioria no Congresso, indicações de juízes no STF para garantir que a justiça não seja feita, ou seja, fizeram de tudo pelo poder, em vez de fazerem as mudanças estruturais sérias e necessárias na saúde, na educação, as reformas política, tributária e social. Agora todos colhem o que plantaram. É isto!
A única saída para o País hoje é uma Constituinte exclusiva, sem a participação deste parlamento podre, preguiçoso, inconsequente, não representativo. O Brasil precisa de mudanças. Mudanças profundas e estruturais. Mudanças neste processo político falido, onde um Senador do Acre ou do Amapá tem o mesmo peso político de um Senador de São Paulo ou do Rio de Janeiro. Este é apenas um exemplo da falta de representatividade do Congresso, ou será que ninguém percebe? O Brasil é governado por coronéis do Norte e do Nordeste que não representam a maioria do povo brasileiro, concentrado nas regiões Sul e Sudeste. Representatividade tem que ter proporcionalidade, isto é básico. Precisamos de mudanças nas questões tributárias, com menos impostos e com redistribuição da arrecadação de forma justa aos estados e municípios. O Brasil precisa de políticas que garantam a aplicação dos impostos em obras e serviços que atendam aos brasileiros. Não dá mais para aceitar leis e decretos que tratam o poder público de forma diferenciada do resto da população, onde um magistrado, um deputado, um ministro, recebem mensalmente auxílio alimentação, auxílio moradia, gratificações das mais diversas, muito maiores que o salário anual de um trabalhador na educação, na saúde ou na segurança.  Chega de leis injustas, chega de assistencialismo barato com o dinheiro público. Chega de mordomias absurdas pagas com o dinheiro público. Viagens demais, ministérios demais, secretarias demais, assessorias demais, diárias demais, gastos com publicidade demais.
O Brasil também precisa de um novo código civil,  precisa de uma justiça justa e não burocrática como a de hoje, com seus processos arrastados, infindáveis, que só beneficiam advogados e réus. Uma justiça ágil e justa.  A sociedade, desta vez, precisa participar mais do processo constituinte. Já temos remendos demais na Constituição que era para ser cidadã em 1988, mas que passados 25 anos, se vê que foi pensada para perpetuar uma politica injusta e não representativa, com poderes absurdos aos presidentes que administram o País sem o Congresso, através dos mesmos métodos da ditadura, sem decretos, mas através das famigeradas medidas provisórias. Pelo fim da reeleição, pelo fim das medidas provisórias, por um parlamento unicameral, proporcional e representativo, pelo parlamentarismo. Pelo Brasil Novo, pelo Brasil que todos querem,  que venha uma Constituição, uma Constituição Popular, do povo para o povo!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

CULTURA JÁ



Já está mais do que na hora do Estado pensar um pouco mais no setor cultural. Hoje temos uma situação catastrófica nesta área, com o Centro Integrado de Cultura em obras há mais de 3 anos, vários equipamentos culturais sem funcionamento ou atuando de forma precária, e  com a absoluta falta de uma política cultural para Santa Catarina. O setor cultural vive atualmente, com toda a certeza, os piores dias da sua história.
As mudanças devem começar já e  na própria estrutura de governo. A  Fundação Catarinense de Cultura, em seus 33 anos, tornou-se um órgão obsoleto,  sem autonomia, totalmente  dependente de uma Secretaria que tem como ação principal cuidar dos assuntos de Turismo do Estado.  Está cada vez mais claro que Santa Catarina, a exemplo de todos os demais grandes estados da Federação, precisa transformar a FCC em uma Secretaria de Estado, com um quadro de cargos e salários descente, com remuneração adequada aos níveis dos seus técnicos, historiadores e artistas de alta qualificação. 
A FCC tem hoje sob sua responsabilidade o Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), o Teatro Governador Pedro Ivo, o Centro Integrado de Cultura (CIC) — que compreende o Teatro Ademir Rosa, o Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), o Museu de Imagem e Som (MIS/SC), as Oficinas de Arte, a Escolinha de Artes e o Espaço Cultural Lindolf Bell. Administra também a Casa da Alfândega, a Biblioteca Pública de Santa Catarina, o Museu Histórico de Santa Catarina – Palácio Cruz e Sousa, o Museu Etnográfico Casa dos Açores (em Biguaçu), o Museu Casa de Campo Governador Hercílio Luz (em Rancho Queimado) e o Museu Nacional do Mar - Embarcações Brasileiras (em São Francisco do Sul). Tudo isto administrado por um corpo funcional de menos de 200 funcionários, todos desmotivados, e muito mal remunerados, se formos comparar aos demais servidores do Estado.
Só uma Secretaria de Estado hoje, com a valorização dos técnicos do setor, pode garantir aos catarinenses que os objetivos da gestão cultural do estado serão cumpridos em todas as suas finalidades.

Publicado no jornal Diário Catarinense de 25/08/2012.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Prioridades

Ao analisar a atual situação da Saúde, da Educação e da Segurança em Santa Catarina, acho que só temos uma alternativa: fechar todas as outras secretarias. Porque investir em infraestrutura, tecnologia, publicidade, turismo, se não temos os serviços básicos do Estado?

Equanto o Estado paga shows, gasta com promoção do turismo, constrói e divulga obras de infraestrutura, não temos o básico: Saúde e Educação com a mínima qualidade.

Afinal, qual é a função do Estado? Garantir saúde, segurança, cultura e educação ou simplesmente sustentar-se no poder a qualquer custo?

Enquanto se fecha escolas e pessoas são empilhadas nos corredores dos hsopitais até a morte, gasta-se com a estrutura absurda de Sec.Regionais, estradas, viadutos, financiamento de shows, jantares, eventos particulares, etc.

O que é prioridade em SC? Quem define onde aplicar os recursos?
Ô meu amigo governador @RaimundoColombo tá na hora do soco na mesa.
A sociedade catarinense não aguenta mais!

Sem soco na mesa acho difícil mudarmos a conjuntura. Temos hoje apenas dois tipos de Secretários no governo: o "bon vivant" e o candidato. O Bon Vivant está sempre viajando pelo Mundo, em classe executiva e diárias do governo. Só pensa em si mesmo e nas suas mordomias. O outro é o Secretário em campanha, sempre candidato, trabalhando em função da sua reeleição. No fundo, ninguém pensa no Estado, na população.

 A situação só vai mudar quando Secretário não puder concorrer à eleição. E quando deputado não puder ser Secretário. O foco tem que ser na pasta, na secretaria, nos projetos, nas soluções... e só!